Há dias uma amiga perguntava-me no meio de uma conversa "o que fazes quando tens que decidir sobre algo importante?". Podia ter-lhe dito que procuro obter toda a informação possível sobre o assunto, que peço opinião àqueles que me são queridos, que faço uma análise dos prós e contras... enfim, podia ter-lhe dado uma resposta muito bem elaborada, cheia de considerações mas, surpreendi-me a dizer-lhe apenas "oiço o meu coração". E é verdade. Mesmo que aparentemente esta ou aquela decisão pareça a mais acertada, mesmo que todos nos digam que isto ou aquilo é que está certo, não há nada mais seguro que ouvir o nosso coração. Há quem lhe chame consciência, outros (especialmente mulheres) chamam-lhe o sexto sentido. Para mim, é apenas o nosso coração.
Faz-me lembrar aquela história do artista que pintou um quadro muito "especial"...
No dia em que o apresentou ao público, compareceram todas as autoridades da terra, fotógrafos, jornalistas, enfim, uma verdadeira multidão. Afinal, apesar de ser um grande artista, era também muito famoso.
Chegado o momento, tirou-se o pano que tapava o quadro e houve um caloroso aplauso. Era uma impressionante pintura de Jesus, batento suavemente à porta de uma casa. Jesus parecia vivo, com o ouvido junto à porta, parecia que tentava ouvir alguma resposta do interior.
Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela verdadeira obra de arte!
Porém, um observador curioso, encontrou uma falha no quadro: a porta não tinha fechadura!
Intrigado, foi perguntar ao artista:
- A porta não tem fechadura. Como se fará para a abrir?
- É assim mesmo - respondeu-lhe o pintor - Esta é a porta do coração humano. Só se abre pelo lado de dentro.
Muitas vezes Jesus nos bate à porta. Cabe a nós abrir ou não.
Às vezes, Ele bate através de um pedido de desculpas... de perdoar alguém.
Só temos que O ouvir. Não com os ouvidos, mas com o coração.
sábado, 27 de fevereiro de 2010
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